Confesso que escrever sempre me foi uma tarefa prazerosa, mas ao mesmo tempo muito trabalhosa, nunca tive muita técnica, isso sem falar na paciência de revisar tudo. Quase todos os textos que publiquei aqui são frutos de inspirações repentinas. Acho, inclusive, que já escrevi sobre isso aqui no Ermitão. Em todo o caso, como eu ia dizendo, sempre que tentei parar para escrever uma coluna mais elaborada o resultado foi o pior possível. É por isso que sempre admirei as pessoas que vivem da escrita, principalmente aqueles que escrevem diariamente sem precisar do sopro de inspiração de que eu preciso. Ou melhor, alguns deles precisam de inspiração assim com este que vos escreve. O Pablo Neruda, meu xará, além de inspirado, não conseguia escrever nada se a tinta que usava não fosse verde. O escritor jamais escrevia com tinta azul ou preta, todos os seus originais foram escritos em verde como um sí...