Pular para o conteúdo principal
Imagem pagina O Barão (facebook)


          Hoje durante todo o dia acompanhei as manifestações a respeito do 11 de setembro nas redes sócias. Confesso que me espantei um pouco com alguns comentários no mínimo equivocados sobre o episódio. Algumas pessoas insistiram em fazer uma comparação infeliz entre o atentado terrorista ao World Trade Center em 2001 e o ataque nuclear às cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki no final da 2° Guerra Mundial.

          Confesso que fiquei incomodado com as declarações do tipo “Tentam nos fazer acreditar que o 11 de setembro foi a maior tragédia humana, mas esquecem das pessoas que morreram em Hiroshima” ou mesmo “Morrem muito mais pessoas todos os dias do que no atentado de 11 de setembro”. Eu me pergunto o por quê desse tipo de atitude? Por quê fazer pouco caso da tragédia alheia?

          Será por raiva dos Estados Unidos? Será por questões de ideologia política ou religiosa? Será que essas pessoas realmente acham que algumas vidas são mais valiosas que outras? Ou será que essa gente compactua com as idéias terroristas? Prefiro não acreditar em nenhuma dessas hipóteses...  

          Eu digo que hoje, 11 de setembro, 11 anos depois do atentado ás torres gêmeas, devemos sim parar para lembrar, pois aquelas pessoas que morreram em Nova York em 2001, perderam suas vidas pela mão da mesma intolerância que matou japoneses e judeus na 2° Guerra, negros na África do Sul, e segue matando gays, nordestinos, mulheres e tantas outras pessoas por todo o lado.

          Paramos para relembrar fatos como esse como forma de tentar evitar que essas cosias voltem a acontecer e para que saibamos que devemos estar sempre alertas pois, assim como em 2001, a face da intolerância pode se mostrar vinda de qualquer lado a qualquer momento. Portanto não sejamos nós, através da Internet, as pessoas que legitimarão atitudes como essas.

         Texto escrito em 11/09/12
         
          

Comentários

  1. Eu acho que é mais uma reação de alguns por, em geral, darmos muito mais importância aos atentados de 2001 do que a outras atrocidades, muitas delas cometidas pelos próprios EUA.

    ResponderExcluir
  2. Concordo com o Augusto. Acredito que esse "movimento anti-11/set" seja uma reação ao fato de que dá-se mais importância por ter sido nos EUA.

    Claro que nenhuma vida tem mais valor que outra, e isso vale tanto em um sentido quanto no outro. Natural ter mais "importância" dada pelas pessoas para o 11/set, afinal é mais recente. Só não concordo com o endeusamento que algumas pessoas fazem dos EUA. Fora isso, teu texto disse tudo.

    ResponderExcluir
  3. Acredito que a grande questão no episódio do 11/09 seja, além da proximidade de nós, o fato de ter sido um ataque, aparentemente, sem motivação alguma. Além disso, ele estreou uma nova categoria de violência, até então não conhecíamos o terrorismo como ele é visto hoje. Na verdade até hoje conceituar terrorismo é uma questão complexa.

    A questão do imperialismo cultural de que tanto se fala é verdadeira em alguns ponto, contudo existe uma grande hipocrisia na maioria das vezes. Não acredito em um "endeusamento" dos EUA, mas em uma aceitação cultural muito forte, inclusive por parte destas pessoas que criticaram as manifestações.

    Mas fora tudo isso, menosprezar mortes de inocentes, tenham vivido eles onde quer que seja, me parece acima de tudo uma grande falta de respeito.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

E agora, Y?

Bem vindo sejas tu, que está prestes a ler um pouco mais sobre o grupo ao qual possivelmente pertenças, a Geração Y, e sobre o comportamento destes caras no mercado de trabalho. Sociologicamente definidos como os nascidos entre o fim da década de 1970 e o início da década de 1990. Enfim, aqueles que estão ingressando agora ou ingressaram recentemente no mercado de trabalho. Mas isso é sociologia. Geração Y está muito ligado àquilo que sentimos e como agimos , desprendendo-se de datas (vamos lembrar que quem estabeleceu essas datas foi a Geração X). Pertencer a este grupo é muito mais para quem tem atitudes e sentimentos que dizem respeito a este grupo do que um dado da certidão de nascimento (se tu não concordas com isso, não discutirei. Fadiga) Geração Y : se tu chamas teu chefe de cara, se tu te interessas por um trabalho pela possível promoção e pela possibilidade de aumento, ao invés do cargo e salário iniciais, se tu não suportas fazer sempre a mesma coisa, se tu amas a inter...
Sobre o dia 11 de julho de 2013 Engraçado, depois de semanas de protestos estudantis (leia-se população em geral), os sindicatos terem resolvido se manifestar. Mais engraçado ainda é o fato desses protestos não acontecerem no dia em que os estudantes haviam marcado manifestação semelhante.  Estariam as entidades sindicalistas tentando se fazer ouvir para demonstrar que ainda estão vivas e atuantes? Isso até pode ser verdade, no entanto duvido que elas representem interesses que não os seus próprios. Com o passar dos anos, essas organizações que destinam-se a discutir e lutar pelos direitos de parcelas muito específicas da sociedade, que sempre buscaram o diálogo com outras instituições, que foram símbolo de luta por muitos anos, hoje restam vencidos, entregues a um partidarismo cego na maioria das vezes. É por isso que hoje, diferente do que ocorreu há algumas semanas atrás, vimos um movimento que parou muitas cidades, teve grande impacto na vida dos trabalhadores...