Pular para o conteúdo principal


Há poucos dias, em uma viagem de trem, me peguei a pensar sobre tecnologia. Lembrei que há doze anos falava com meus então colegas do técnico em eletrônica sobre a possibilidade de haver uma rede de computadores sem fio, pensávamos que aquilo seria o máximo da tecnologia. Hoje vejo meus sobrinhos caminhando pela casa com seus tablets e celulares, usando a Wi-Fi como se fosse a coisa mais comum
do mundo, como se aquilo sempre tivesse existido.

        Comentei em casa que estou atrás de um toca discos para comprar, quero começar uma coleção de discos de vinil. Nessa hora um deles me perguntou o que é um disco de vinil? Respondi que eram dvd's gigantes, mas que só tocavam musicas, ele ficou espantadíssimo!

        Hoje li uma reportagem que diz que o atum está desaparecendo dos mares do norte e corre  risco de extinção. Fiquei chateado, gosto de sanduíche de atum!

        Logo depois me dei conta de que pode ser que meus filhos, que ainda nem exitem, podem nascer em um mundo sem bacalhau e atum. Ai em algum momento no futuro eu poderei dizer que gostava tanto de sanduíche de atum e eles não vão saber o que é isso! Como se não bastasse o fato de meus sobrinhos pré-adolescentes não saberem o que é um disco de vinil, meus filhos não vão saber o que é um atum... com a diferença de que não vamos poder criar um outro peixe para substituir o atum.

        Nesses meus 25 anos já passei por uma virada de século, pela extinção do vinil, da fita K7, VHS e até mesmo do DVD. Mas o que nunca poderia esperar é que fosse viver para ver a extinção do meu sanduíche de atum. O mundo deve mesmo estar próximo do fim.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

E agora, Y?

Bem vindo sejas tu, que está prestes a ler um pouco mais sobre o grupo ao qual possivelmente pertenças, a Geração Y, e sobre o comportamento destes caras no mercado de trabalho. Sociologicamente definidos como os nascidos entre o fim da década de 1970 e o início da década de 1990. Enfim, aqueles que estão ingressando agora ou ingressaram recentemente no mercado de trabalho. Mas isso é sociologia. Geração Y está muito ligado àquilo que sentimos e como agimos , desprendendo-se de datas (vamos lembrar que quem estabeleceu essas datas foi a Geração X). Pertencer a este grupo é muito mais para quem tem atitudes e sentimentos que dizem respeito a este grupo do que um dado da certidão de nascimento (se tu não concordas com isso, não discutirei. Fadiga) Geração Y : se tu chamas teu chefe de cara, se tu te interessas por um trabalho pela possível promoção e pela possibilidade de aumento, ao invés do cargo e salário iniciais, se tu não suportas fazer sempre a mesma coisa, se tu amas a inter...
Imagem pagina O Barão (facebook)           Hoje durante todo o dia acompanhei as manifestações a respeito do 11 de setembro nas redes sócias. Confesso que me espantei um pouco com alguns comentários no mínimo equivocados sobre o episódio. Algumas pessoas insistiram em fazer uma comparação infeliz entre o atentado terrorista ao World Trade Center em 2001 e o ataque nuclear às cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki no final da 2° Guerra Mundial.           Confesso que fiquei incomodado com as declarações do tipo “Tentam nos fazer acreditar que o 11 de setembro foi a maior tragédia humana, mas esquecem das pessoas que morreram em Hiroshima” ou mesmo “Morrem muito mais pessoas todos os dias do que no atentado de 11 de setembro”. Eu me pergunto o por quê desse tipo de atitude? Por quê fazer pouco caso da tragédia alheia?           Será por raiva dos Estado...
Sobre o dia 11 de julho de 2013 Engraçado, depois de semanas de protestos estudantis (leia-se população em geral), os sindicatos terem resolvido se manifestar. Mais engraçado ainda é o fato desses protestos não acontecerem no dia em que os estudantes haviam marcado manifestação semelhante.  Estariam as entidades sindicalistas tentando se fazer ouvir para demonstrar que ainda estão vivas e atuantes? Isso até pode ser verdade, no entanto duvido que elas representem interesses que não os seus próprios. Com o passar dos anos, essas organizações que destinam-se a discutir e lutar pelos direitos de parcelas muito específicas da sociedade, que sempre buscaram o diálogo com outras instituições, que foram símbolo de luta por muitos anos, hoje restam vencidos, entregues a um partidarismo cego na maioria das vezes. É por isso que hoje, diferente do que ocorreu há algumas semanas atrás, vimos um movimento que parou muitas cidades, teve grande impacto na vida dos trabalhadores...