Pular para o conteúdo principal

Inovação - E agora, Y?



Y says “Chefe! Chefe! Chefe! Tive uma ideia maravilhosa para esse processo! Se mudarmos nesses pontos vamos ter resultados mais rápido! Olha só meu projeto!”

Boss says “Na verdade sempre fizemos deste jeito. Mas legal isso, né? Deixa comigo e outra hora quem sabe voltamos a conversar a respeito”


Y feelings:


Que Y nunca passou por uma situação parecida com essa?
Se o chefe é um X cabeça aberta, excelente! Ele vai realmente te motivar e usar sua sugestão. Se ele for um X normal (digamos), irá engavetar suas soluções inovadoras.

Característica latente da Geração Y é a inovação. Esse pessoal curte muito ideias novas.
Muito. De verdade.
Talvez por isso que cansam logo dos empregos: não são muito amigos de rotina. Não gostam de sentir que seu trabalho está caindo num vazio, que seu conhecimento não está multiplicando.

Geração Y está habituada às redes sociais, onde tudo acontece muito rápido (quanto tempo os twitteiros levaram para saber da morte de Bin Laden?), e se alguma coisa não acompanha essa velocidade, ele se APAVORA: chora de noite, diz que ninguém o ama e ameaça atear fogo em tudo – ok, é brincadeira essa parte x). Mas é natural que se o Y não sinta que seus conhecimentos estão mais sendo enriquecidos no trabalho, ele vá procurar outro emprego.
Isso por muitas vezes é interpretado como infidelidade corporativa. De fato é (não vamos colocar panos quentes), pois o Y tende a ser mais fiel a si do que ao que o contrata.

De acordo com Tigre*, a estratégia de inovação OFENSIVA é aquela extremamente inovadora, primeiro lançamento, a novidade do momento. DEFENSIVA já seria a estratégia daquele que também inova bastante, mas não é o primeiro a lançar o produto.
De modo geral, o Y se sente muito à vontade com inovação ofensiva, e quando as defensivas surgem, ele já conhece (não quer dizer que ele seja um PhD nisso, mas conhecer, ele conhece).

MUNDO CORPOTATIVO: USE ISSO AO SEU FAVOR!
Cada Y dentro de uma empresa é um brainstorming ambulante. INOVE com eles. ;)

O que mais acontece? Essa mudança de perfil afeta o consumo... e será que as organizações estão prontas para atender esse público?

Abaixo segue um vídeo da campus Party 2011 bem legal, num debate da Telefônica sobre como atender esse público tão específico (chama de geração interativa) ... Disponível no link: http://migre.me/5l8Cq




Tigre* (sim, adoro o livro desse cara) quando fala de difusão de inovação, diz que para que ela seja difusa, deve ter atingido 50% do seu segmento.
Esses 50% são compreendidos pelos entusiastas (os que adoram inovação a todo custo), adotantes iniciais (também adoram, mas não são tão empolgados) e maioria inicial (público que aguarda as primeiras opiniões a respeito). A maior parte dos Y está distribuída nestes conjuntos, cada um no seu exato, dadas as características pessoais.
(Os outros perfis, da outra metade do segmento, seria a maioria tardia, daqueles que adotam quando o produto não é mais novidade, e os retardatários, que adotam muito depois ou nem adotam).

E qual a importãncia de saber onde o Y está na difusão da inovação:
(Hã, hã, quem arrisca?)
EXATO! Quando uma empresa trabalha na difusão de uma informação, vai trabalhar com um público inicialmente que tem MUITO Y. Vai ter que chegar nesse público. Para isso, vai trabalhar para entrar no pensamento dessa galera e saber passar efetivamente a mensagem. Fácil? Claro que não! Mas é tão legal, vai dizer...

O xis da questão é esse: a empresa vai ter que chegar até e agradar o Y, caso contrário a opinião dele pode pesar negativamente na sua solução inovadora. Ela tem muito volume. Twitter que o diga.


É isso, aí pessoal! Dúvidas e sugestões podem jogar nos comentários! E no próximo post, falamos um pouco mais sobre o consumo do Y. Gosta de consumir? O que tu consomes? No que tu te baseias? Sabes dizer? Se souber ME AVISA! E agora, Y?

(*) TIGRE, Paulo Bastos. Gestão da inovação: a economia da tecnologia no Brasil. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006.

Comentários

  1. Oi Beto!!!
    Muito interessante sua postagem :)
    Eu já até pensei em falar sobre gerações na minha mono que ta chegando. Mas estou entre isso e algo sobre redes sociais.

    Falando da sua postagem, uma questão que deve ser analisada quando se fala de gerações, é como elas podem "se entender". O diálogo entre X e Y no início do teu texto retrata muito bem isso. E diria mais: ta chegando no mercado, logo logo, a geração Z! E nós Y vamos ter que aprender a lidar com eles assim como a X deve aprender a ser mais mente aberta pras coisas funcionarem em conjunto com a Y.
    Uma professora minha de Sociologia dizia que a geração dela (X) é neurótica e a nossa (Y) é psicótica. Sempre gostei dessa analogia engraçada, pois é exatamente isso: enquanto a X preza a experiência e fazer carreira de anos na mesma empresa, sempre focada numa coisa só, a Y faz muitas coisas ao mesmo tempo e tem o foco em vários lugares, além do mais, não se preocupa em deixar uma empresa se não se sente bem nela; se não consegue atuar da sua forma, simplesmente parte pra outra.

    A geração X não está preparada para treinar e ser substituída pela geração Y e a geração Y acredita ser mais prática que a geração X, e que sua agilidade é muito melhor que a experiência da geração X.
    O que ocorre na verdade é que a X deve dar atenção para o que a Y fala e a Y deve observar a experiência da X. É importante inovar, mas só inovar não basta, é importante usar o conhecimento que só alguém que já passou por determinadas situações pode ter. É importante notar que quem faz sempre a mesma coisa está deixando boas oportunidades de crescimento pra trás.

    A organização que valorizar as duas gerações de igual para igual e souber conviver com as duas, será a que terá maiores chances no mercado, e sem dúvida, melhores resultados.

    Quanto à geração Y como público-alvo, analisar seus gostos e opiniões é muito importante sim, para que consigamos falar a língua dessa geração e vender produtos, ideias, etc. Assim como é importante analisar a geração Z que é ainda mais acelarada que a Y, pois nasceu já no advento da internet e da correria tecnológica. E bem, a geração X já conhecemos bem. Boraaa estudar Y e Z! :D

    Um abraço!

    ResponderExcluir
  2. Beto Zimmer!

    Uma sugestão para colocar posteriormente nesse blog: apresentar alguns profisionais bem sucedidos da geração Y e mostrar como eles conseguiram ser reconhecidos no mercado de trabalho.

    Abraço
    Rose

    ResponderExcluir
  3. Tri este post, tchê! A sequência de ilustrações matou a pau.

    Não creio que o marketing possa ter morrido, seja lá qual for o tipo... acho que o que mudou é quem está por dentro dele. E sim, está ficando cada vez mais difícil, o consumidor é exigente e está cada mais crítico, o que pra mim é ótimo :D Adoro marketing inteligente, sutil e/ou bem-humorado.

    Grande abraço!
    Cíntia T.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

E agora, Y?

Bem vindo sejas tu, que está prestes a ler um pouco mais sobre o grupo ao qual possivelmente pertenças, a Geração Y, e sobre o comportamento destes caras no mercado de trabalho. Sociologicamente definidos como os nascidos entre o fim da década de 1970 e o início da década de 1990. Enfim, aqueles que estão ingressando agora ou ingressaram recentemente no mercado de trabalho. Mas isso é sociologia. Geração Y está muito ligado àquilo que sentimos e como agimos , desprendendo-se de datas (vamos lembrar que quem estabeleceu essas datas foi a Geração X). Pertencer a este grupo é muito mais para quem tem atitudes e sentimentos que dizem respeito a este grupo do que um dado da certidão de nascimento (se tu não concordas com isso, não discutirei. Fadiga) Geração Y : se tu chamas teu chefe de cara, se tu te interessas por um trabalho pela possível promoção e pela possibilidade de aumento, ao invés do cargo e salário iniciais, se tu não suportas fazer sempre a mesma coisa, se tu amas a inter...
Imagem pagina O Barão (facebook)           Hoje durante todo o dia acompanhei as manifestações a respeito do 11 de setembro nas redes sócias. Confesso que me espantei um pouco com alguns comentários no mínimo equivocados sobre o episódio. Algumas pessoas insistiram em fazer uma comparação infeliz entre o atentado terrorista ao World Trade Center em 2001 e o ataque nuclear às cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki no final da 2° Guerra Mundial.           Confesso que fiquei incomodado com as declarações do tipo “Tentam nos fazer acreditar que o 11 de setembro foi a maior tragédia humana, mas esquecem das pessoas que morreram em Hiroshima” ou mesmo “Morrem muito mais pessoas todos os dias do que no atentado de 11 de setembro”. Eu me pergunto o por quê desse tipo de atitude? Por quê fazer pouco caso da tragédia alheia?           Será por raiva dos Estado...

Adelaide!

                                   Em 1964, devido a diversos fatores envolvendo a política do Brasil e do mundo, sofremos um golpe de Estado dos militares e passamos por vinte anos de ditadura. Nesse período além de perseguição política a todos que fossem contra os ideais dos militares,  vários artistas tiveram seu trabalho censurado previamente. Isso sem mencionar jornais, revistas e estudantes.             Acontece que vinte anos depois do golpe, passados todos os Atos Institucionais, as torturas, perseguições políticas e o milagre econômico, voltamos a viver a democracia, eleições diretas, receitas de bolo param de ser colocadas nas capas de jornais onde antes estiveram noticias subversivas. Voltamos até mesmo a ter políticos corruptos, ou será que nunca deixamos de tê-los? Enfim, isso não vem ao ca...